
No entanto, na realidade, o que acontece é que o discurso e a prática centram o seu alvo naquilo que é acessório, deixando, assim, de lado aquilo que deveria ser o essencial, seja, o desenvolvimento e a evolução pessoais.
Neste tempo presente, em que a maioria das pessoas anda à deriva, à procura de uma salvação qualquer que lhes permita deixar de trabalhar (como se isso fosse a grande libertação das amarras da vida, simples e sem-sabor, que quotidianamente levam, por julgarem que é com bens materiais que preenchem o seu vazio ontológico), ou uma maneira de irem, sempre cada vez mais, alcançando galardões que lhes possam preencher o desejo de ultrapassarem a sua mediania, aparecem, por todos os lados, estimulantes para essa forma de se sentirem «alguém» a quem se possa chamar um vencedor.
E é precisamente este espírito de competição que faz com que, por exemplo, a essência da prática das artes marciais tenha sido completamente relegada para segundo plano e as tenham tornado em simples formas desportivas – com direito a presença nos jogos olímpicos e tudo – onde o objetivo já não é a disciplina quotidiana de «vencer-se a si próprio», mas apenas demonstrar que se é melhor do que os outros, os adversários.
Estes sinais (preocupantes) dos tempos, chegam ta

Sem comentários:
Enviar um comentário