18.5.11

ibéria

Ibéria

Ibéria
formosa
apunhalada
Virgem
que morre
não violada

Lutaste
caíste
mutilada
teu sangue
envergonha
o aço da espada

Negaste
ao ímpio
a boca gelada
Se deste sangue
não deste
mais nada

Morreste
Ibéria
estás sepultada
mas cantarás
amanhã
ressuscitada

[Jonas Negalha, «Ibéria», in Ibéria, Anistia, Revolução, 1963]

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